Escritos Por Moi: Rock in rio

Outro dia que acompanhei e que gostaria muito de ter ido, foi o dia 20. Frejat, Matchbox Twenty, Nickelback e Bon Jovi.

No palco os destaques foram Mallu Magalhães, Grace Potter e Ben Harper + Charlie Musselwhite, que arrasa na gaita, além de cantar. Da união dos dois resultou um blues fera.

Comentando sobre o show do Frejat, o que dizer? Quase sempre associadi ao Cazuza, para mim eles formaram uma das melhores duplas da história. Além de ter estreado sua nova música "O Amor É Quente", que é o nome de sua próxima turnê, também cantou Jorge Ben Jor, Tim Maia e sucessos como "Bete Balanço", "Exagerado", "Por Você" e "Malandragem", composta por ele e Caju, que fez sucesso na voz da querida Cássia Eller.

O show do Matchbox Twenty (que eu não conhecia antes) também foi bom, seguido do show do Nickelback, que apesar de muitas críticas e taxação de uma das piores bandas, tocou hits dos CDs mais antigos e conseguiu animar o público.

Para fechar a noite, um dos shows mais esperados de todo o festival: Bon Jovi! E foi incrível! Apesar da falta do baterista Tico Torres que foi levado às pressas ao hospital para um cirurgia, seu substituto Rich Scannella segurou as pontas numa boa. Inclusive todos os shows na América Latina foram cancelados devido ao problema de saúde de Tico, menos o RIR claro.

Abriram com a canção "That's What The Water Made Me" e tocaram outros sucessos - "It's my life", "Livin' On a Prayer" e no final, a pedido dos fãs "Always". O show foi emocionante. E ainda, uma fã sortuda, a subgerente Rosana Guedes, subiu ao palco, cantou com o Jon Bon Jovi e recebeu umas bitocas do cantor. Até eu fiquei emocionada e arrepiada por ela!

O dia seguinte, 21, foi mais "tranquilo" no Palco Mundo. Ha, tranquilo nada! O palco Sunset pegou fogo! Ivo, Fernanda Abreu e Elba abrasileiraram o palco e colocaram todos para dançar e pular. Senti-me em um carnaval fora de época daqui de casa!

Logo após, no Palco Mundo, Skank cantou e encantou. Que show! Muito divertido! Rolaram sucessos como "Acima do Sol", "Jackie Tequila", "Vou Deixar". E também interpretações de "Mas Que Nada" do carioca Jorge Ben Jor.

Enquanto isso no palco Sunset, apresentou-se uma banda pela qual me apaixonei completamente: Gogol Bordello! É uma banda multiétnica de gypsy punk. Ou como eu defino, um som meio piratês.

Uma união arriscada e que funcionou muito, foi quando Lenine juntou-se ao grupo multiétnico. O público reagiu muito bem! Depois do show do ganhador do American Idol, Phillip Phillips, ele subiu ao Sunset novamente para a apresentação de sua turnê "Chão".

Seu show começou às 21:30 e teve duração de uma hora. E infelizmente, o show de John Mayer (que também foi muito bom), começou pouco depois das 22h. O que afastou o público do show de Lenine e abafou um pouco o som nas últimas músicas, segundo relatos.

Já o ultimo dia de show (sad face), foi mais pesado e com a presença novamente do metal.

No Sunset teve André Matos e Viper, Destruction e Krisiun, Helloween e Kai Hansen e para encerrar rolou Sepultura e Zé Ramalho. Para quem não sabe, essa não foi a primeira vez que Zé Ramalho se juntou ao Sepultura (Zépultura, rs). No musical do filme Lisbela e O Prisioneiro eles arriscaram a primeira união na música "A Dança das Borboletas", que inclusive foi tocada no show. Acho que os dois juntos funcionam muito bem!

O iniciou com a banda brasileira Kiara Rocks, formada em 2008 no programa Astros. Com alguns covers e participações especiais, a banda não tão conhecida conseguiu segurar a onda do público exigente. Foram convocados a subir ao palco o ex guitarrista do Charlie Brown Jr (salve salve!), Marcão. Mas a participação que surpreendeu mesmo foi a do ex-vocalista do Iron Maiden, Paul Di'Anno.

A atração seguinte foi a de um dos grupos mais influentes de rock/metal do momento: Slayer. Com mais de 30 anos de carreira, fizeram pela quinta vez um show no Brasil. Agora sem Jeff Hanneman (que morreu em Maio vítima de uma cirrose hepática) e o baterista Dave Lombardo que após uma saída em 1992 e um retorno em 2002, foi demitido esse ano.

Após o show do Slayer, rolou o show da banda norte americana Avenged Sevenfold. O vocalista M. Shadows disse durante o show e em entrevistas que tocar no era uma obsessão, um sonho. Bem, de qualquer um envolvido no ramo da música né. Há! O palco como de costume, foi repleto de shows pirotécnicos. Tocaram sucessos como "Critical Acclaim", "The Beast and The Harlot", "Nightmare", "This Means War", "Bat Country" e "Afterlife".

Também tocaram "Fiction" em homenagem a The Rev, o primeiro baterista do grupo, que morreu em 2009 vítima de overdose. M. Shadows disse durante o show que essa foi a última música que The Rev cantou. O show foi realmente incrível e de tirar o folego de quem curte a banda assim como eu. Consegui chorar em alguns momentos e teria ficado mais feliz ainda se tivessem tocado "Seize the Day" e "So Far Away". (call me poser bitch)

Iron Maiden fechou brilhantemente o festival. Ô tristeza, acabou! O show durou quase duas horas e contou com músicas das antigas. Os fãs foram a loucura e cantaram todas as letras, às vezes até mais alto que o vocalista Bruce. O show foi baseado na turnê do disco "Seventh Son of a Seventh Son", lançado em 1988. Diferentemente de outros cantores que geralmente balançam a bandeira brasileira em seus shows por aqui, Bruce balançou a bandeira da Grã-Bretanha (oi?) em "The Trooper". Abriram o show com "Moonchild" mas os fãs foram realmente à loucura com "Fear of the Dark" que é praticamente o hino da banda. Também tocaram "Run to the Hills", "2 Minutes to Midnight" e "Wasted Years". Essa foi a terceira vez que o Iron participou do RIR. Na primeira edição, em 1985, tocaram antes do Queen (Ah <3). Foi um show composto por muita fumaça, fogos, luzes e também pela aparição de praxe do mascote da banda, Eddie.

E assim acabou-se o que era doce.

Uma coisa maravilhosa que pude confirmar no evento: música une as pessoas! Independente de religião, cor, sexualidade, todos pareciam e estavam tão unidos. Foi algo bonito de ver como ser humano.

Apesar da grandiosidade do festival, é um ambiente muito agradável. E cabe no bolso. Não perca a oportunidade se você tiver a chance de ir!